Ao lembrarmos do “Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto” trazemos novamente a memória as tristes imagens de seres humanos que foram excluídos com base em ideias de superioridade racial, preconceito e ódio. Ensinou o Padre Antonio Vieira que «o efeito da memória é levar-nos aos ausentes, para que estejamos com eles, e trazê-los a eles a nós, para que estejam conosco.» Sei que é desagradável trazer de volta a imagem de crianças chacinadas, de homens e mulheres com corpos esquálidos, de lembrar e ou descobrir que usavam a pele de pessoas para fazer carteira. Esses fantasmas só podem ser vencidos se pensarmos que qualquer luta contra um poder opressivo é também uma luta por preservar a memória. A manutenção da memória viva da tragedia do holocausto afirma que essas mortes não foram em vão e mais, que isso não pode se repetir sob pena de hoje estabelecermos novos alicerces em nossos corações para a volta de Treblinka, Dachau, Auschwitz, Sobibor, Birkenau e outras filiais do inferno.
Construir um futuro melhor é manter viva a memória para que a civilização refloresça sempre.