Queremos sentir apenas o que é bom e agradável. Tudo bem, sem julgamentos! todos queremos. No entanto, é ilusão encarar a vida como sendo feita exclusivamente do que não nos causa desconforto. Nascemos no desconforto. Parir um filho não é confortável, assim como nascer também não, ambos doem. E da mesma forma, o luto também decorrerá nessa junção agridoce de fatores, em que ora mais agradável e palatável e em outros momentos nem tanto. O luto equivale a vida e, portanto, também será desagradável e ainda mais, pois uma parte passa a faltar. No entanto, as boas memórias continuam a reluzir.
Dê o play e vem ouvir mais sobre essa reflexão.
Sumário
Introdução
Não é possível que a vida seja apenas doce. Queremos sentir apenas o que é bom e agradáve e tudo bem sem julgamentos, todos nós queremos, eu também quero. Mas pensa comigo, é ilusão encarar a vida como ela sendo feita exclusivamente daquilo que vai ser confortável, daquilo que não nos causa nenhum desconforto.
Oscilação de emoções
Nós nascemos no desconforto, nós nascemos do desconforto. Pode até parecer um discurso negativo mas entenda eu não estou dizendo aqui que o desconforto precisa sempre ser evitado a qualquer custo ou não possa gerar outros momentos e sementes em nossas vidas. Parir um filho não é confortável, assim como o nascer também não, ambos doem.
Uma criança quando nasce e chora, aquele choro é porque os seus pulmões estão se abrindo pra vida e isso dói mas também depois disso vem toda uma existência e possibilidades de como existir e eu trouxe essa reflexão hoje justamente pra te ajudar a pensar que da mesma forma que discorre a vida em altos e baixos, conforto e desconforto assim também decorrerá o luto dessa junção agridoce de fatores em que hora será mais agradável, em que em alguns momentos você poderá lembrar dessa pessoa, sorrir, lembrar de algo engraçado, de algum jargão dela e em outros momentos nem tanto.
Em outros momentos será daquela saudade doída, que aperta o peito, que faz com que você queira apenas chorar e eu também não estou dizendo que você deve ser grata a essa dor e a esse luto ou que dele vai nascer e sair coisas boas, não é isso. Mas é pra que você entenda que está tudo bem você passar por ondas de oscilação e vivenciar inúmeras emoções, inúmeras sensações ao mesmo tempo ao longo do luto e ao longo da vida.
Continuar amando
E diante de tudo isso eu quero trazer o trecho um poema do George Herbert que foi citado por John Pepper em seu livro “Quando a escuridão não passa“. Ele escreveu justamente um poema chamado “agridoce” onde ele traz e expressa esses diversos momentos em que nós vaguemos em situações agradáveis e em outras desgostosas. Presta atenção que lindo a forma que ele descreve
esses momentos e ondas de altos e baixos da vida:
Ah, meu querido Senhor irado,
Visto que amas e ainda sim golpeias,
Subjugas e ainda assim socorres,
Sem dúvida farei o mesmo.
Reclamarei e ainda assim louvarei,
Chorarei e consentirei;
E todos os meus dias agridoces
Lamentarei e amarei.
No luto você continua a lamentar, a ter momentos de não aceitar, de não querer viver essa realidade, de não parecer verdade, mas ainda assim você continua amando. Porque o amor nem mesmo a morte
é capaz de apagar, e nem mesmo ela é capaz de deixar de reluzir as memórias mais lindas e bem vividas que você tem guardado em você.
Como ter ajuda?
Sabemos que passar pelo luto é muito desafiador, O Memorial Vale da Saudade pensando em como ajudar na coletividade conta com programas de apoio ao enlutado mensalmente, portanto, se você ou um ente querido está vivenciando essa dor pela perda de alguém que você muito ama saiba mais sobre nossos programas clicando aqui.
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Objetivando o acesso a todos que não podem escutar nosso podcast, extraímos o texto para melhor aproveitamento daqueles que preferem a leitura. Caso se interesse por escutar o podcast Vale Lutar, você encontrará nas plataformas Spotfy, Google Podcasts, Deezer e Amazon Music
Conheça o Memorial Vale da Saudade e tenha toda a tranquilidade que você precisa!
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