Memorial Vale da Saudade

A falta que uma mãe faz no dia das mães

Neste episódio vamos falar para àqueles que vivem o luto pela mãe sobre o dia das mães e trazer algumas ideias para que este dia aconteça da forma mais tranquila dentro do possível para você.

Um projeto do Memorial Vale da Saudade, apresentado por Priscila Gauna

Texto do episódio

Está chegando o dia das Mães. Enquanto para alguns essa data possa ser festiva e especial,
outras pessoas estão buscando formas de lidar com a chegada desse dia com o menor
sofrimento possível. Já ouvi diversas pessoas dizendo coisas como: “gostaria de dormir na
sexta feira e acordar só na segunda, depois de ter passado tudo isso”.

Sabendo que essa época pode sim, ser muito difícil para algumas pessoas, vou trazer aqui hoje
algumas reflexões sobre o Dia das Mães e formas de sobreviver a ele.

Muitas pessoas vêem na mãe a referência de cuidado, de amor incondicional, de apoio,
também pode ser de amizade, de lealdade… e “perder” (e coloco perder aqui entre aspas)
porque estamos falando de perder a presença física, perder essa pessoa não é fácil.

A mãe, de forma geral, é a nossa primeira experiência de amor. Você pode ter uma conexão
intensa e muito profunda com essa mulher que hoje não está mais aqui.

A aproximação de datas especiais podem servir como uma dura lembrança do que hoje é
saudade. O dia das mães é um deles, e pode trazer sentimentos muito profundos em relação a
essa ausência.

Na TV e na internet, propagandas mostram aquela configuração familiar que hoje não existe
mais, aquela presença física que hoje falta. A Mãe.

No segundo domingo do mês de maio, as redes sociais são inundadas por fotos e músicas e
poesias e muitas, muitas mães. Pode ser que você sinta que acompanhar essas propagandas,
postagens, vídeos te faz mal. Não há nenhum problema nisso. Você não precisa acessar esses
conteúdos se sente que te prejudica.

Ao assistir TV, pense em mudar de canal quando começar a propaganda. Você pode
descadastrar seu e-mail em empresas que você sabe que enviarão propagandas com
promoções de dia das mães.

Tire um dia fora das redes sociais no domingo. Se preserve.

Se o almoço pelo dias das mães é tradição familiar, se permita iniciar uma nova tradição. Se
achar que pode ajudar, compartilhe histórias com sua família, organizem um almoço onde cada
um leva um prato que sua mãe gostava ou alguma receita dela. Visite o cemitério ou algum
lugar que ela gostava.

Se não se sentir em condições de sair de casa, não saia. Se quiser chorar, chore.

De repente você pode tirar o dia para ler um livro que ela gostava, para refletir sobre os
ensinamentos que ela deixou para você ou para ver alguns episódios da série que ela sempre
falava.

Talvez você queira rever – ou criar uma caixinha de memórias. Cartas, fotos, convite de
casamento, aquele par de óculos – de grau ou de sol que ela sempre usava, algum ítem que
tenha valor emocional, te traga boas memórias e talvez até algum sorriso de canto de boca ou
mesmo uma gargalhada que pode, sim, ser seguida por um choro.

Qual forma você acredita que seria a melhor forma de homenagear sua mãe? Se fizer
sentido para você, faça.

Eu trago essas dicas aqui, mas a principal delas é: SEJA FIEL A SI MESMO. Talvez você não
queira fazer nada disso. E está tudo bem. Encontre a sua forma de lidar com esse dia. Você é a
pessoa que mais sabe o que pode funcionar para você ou não, você é a pessoa que vive O
SEU luto.

Para finalizar vou ler pra vocês a letra da música “O anjo mais velho”, do Teatro Mágico. Essa
letra foi escrita para o irmão do compositor, mas penso que vale muito quando a gente fala de
alguém que ama:

O dia mente a cor da noite,
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente
Enquanto houver você do outro lado,
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete, a cena se inverte,
Enchendo a minh’alma
Daquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E a tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
Metade de mim agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro, a luta
Força e coragem pra chegar no fim
E o fim é belo, incerto
Depende de como você vê
O novo, o credo
A fé que você deposita em você e só
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você

Se puder – e quiser, ouça a música. É emocionante.

Como ter ajuda?

Sabemos que passar pelo luto é muito desafiador, O Memorial Vale da Saudade pensando em como ajudar na coletividade conta com programas de apoio ao enlutado mensalmente, portanto, se você ou um ente querido está vivenciando essa dor pela perda de alguém que você muito ama saiba mais sobre nossos programas clicando aqui.

Objetivando o acesso a todos que não podem escutar nosso podcast, extraímos o texto para melhor aproveitamento daqueles que preferem a leitura. Caso se interesse por escutar o podcast Vale Lutar, você encontrará nas plataformas Spotfy, Google Podcasts, Deezer e Amazon Music

Conheça o Memorial Vale da Saudade e tenha toda a tranquilidade que você precisa!

Siga nossas redes sociais.

Você já pensou em alguma forma para homenagear sua mãe no Dia das Mães?

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